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A "cidade perdida" foi descrita em mitos gregos e históricos como a lenda de Édipo
Luisa Alves, sob supervisão de Giovanna Gomes Publicado em 23/01/2023, às 15h26 - Atualizado em 24/01/2023, às 10h42
Arqueólogos escavaram a "cidade perdida" de Tenea, na Grécia, e descobriram artefatos e a área de assentamento do local. Essas investigações ocorreram durante um levantamento sistemático em 2022, no entanto, os resultados só foram divulgados pelo Ministério da Cultura e Esportes do país no último dia 20 de janeiro.
Tenea foi "redescoberta" por acidente em 1984, quando moradores, enquanto cavavam um poço, tropeçaram em um antigo sarcófago. Eles alertaram a arqueóloga Elena Korka, como informado pela revista Galileu. Ela, em 2013, liderou as primeiras escavações no município a fim de proteger o local de danos de saqueadores de antiguidades, que já haviam ocorrido.
Uma equipe da Diretoria de Antiguidades Pré-históricas e Clássicas do Ministério da Cultura e Esportes investigou, nas escavações de 2022, um edifício público que mede 156 m². Um comunicado revela que no lugar havia achados importantes, como estatuetas dedicadas a deuses, chamadas votivas, que eram, provavelmente, ligadas a um espaço de culto vizinho.
No edifício, havia uma elaborada alvenaria de pedra, um esconderijo de 18 moedas de prata e cobre, uma picareta de ferro, uma chave do mesmo material, um estilete e cerâmica romana. Além disso, também foi escavada uma forte muralha do início do período clássico estabelecida nos limites da cidade.
Um esconderijo de 2,1 mil moedas — que datam dos séculos 5 e 6 d.C. — em um prédio entre o que seriam lojas romanas, também foi revelado nas escavações. Entre elas, estão unidades monetárias representando governantes como Teodósio, Zeno, Anastácio IDicoro, Justino I e Justiniano I, bem como uma moeda de cobre do século 4 d.C.
Outra descoberta foi um edifício de 145 m² perto do centro comercial romano. Nele há camadas inferiores de fundações com cerâmicas dos períodos Arcaico e Clássico, além de vasos em miniatura, lâmpadas e estatuetas representando pássaros, cavalos e outros animais.
As descobertas não acabam por aí, já que a equipe também encontrou, perto da necrópole da cidade, um monumento funerário romano com uma câmara subterrânea. Em seu interior havia uma moeda do século 1 a.C cunhada em Corinto, uma moeda de bronze de Atenas do período clássico, uma lâmpada com a representação do deus Ares e um incensário de vidro.
Na câmara sob o monumento foi encontrado também, o enterro de uma criança, colocada em um túmulo com um telhado de cerâmica. A leste do local, um muro de 18 metros, construído com pedras retangulares processadas.
Provavelmente a muralha foi interrompida durante a época romana para a construção do que teria sido a principal fonte de água da cidade no período romano, uma grande cisterna.
De acordo com o site Heritage Daily, a "cidade perdida" foi descrita durante séculos apenas em mitos gregos e textos históricos, como na lenda de Édipo ou na história de Archias de Corinto, o qual pegou colonos de Tenea e fundou a cidade de Siracusa, na ilha italiana da Sicília.
Também há registros do local no texto do geógrafo do século 2 d.C., Pausânias, que afirma que a cidade dos tempos clássicos foi construída por prisioneiros de guerra troianos por volta de 1100 a.C.