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Notícias / Paleontologia

Estudo revela como era o habitat de dinossauros polares há 120 milhões de anos

Pesquisadoras reconstruíram com detalhes inéditos as paisagens vegetais que formavam o habitat de dinossauros entre 130 e 110 milhões de anos atrás

Redação Publicado em 12/05/2025, às 13h45 - Atualizado em 15/05/2025, às 19h47

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Reconstrução de paisagem durante o início do período Cretáceo - Divulgação
Reconstrução de paisagem durante o início do período Cretáceo - Divulgação

Hoje, o território australiano é marcado por ser especialmente isolado geograficamente; no entanto, no decorrer do Cretáceo Inferior, entre 130 e 110 milhões de anos atrás, fazia parte do supercontinente Gondwana, conectado à Antártida e dentro do círculo polar.

Apesar das condições radicais, que incluiam meses de escuridão e temperaturas baixas, os dinossauros prosperaram nessa região, especialmente no que hoje corresponde ao estado de Victoria.

Um novo estudo conduzido pelas pesquisadoras Vera Korasidis e Barbara Wagstaff, da Universidade de Melbourne, analisou quase 300 amostras de esporos e grãos de pólen de 48 sítios paleontológicos na costa de Victoria. Os resultados, publicados na revista científica Alcheringa, permitiram reconstruir com detalhes inéditos as paisagens vegetais que formavam o habitat desses animais.

O habitat

A pesquisa revelou que os chamados “dinossauros polares” habitavam florestas temperadas frias, dominadas por coníferas no dossel e samambaias primitivas no sub-bosque. O ambiente incluía rios e planícies alagáveis, criando um ecossistema dinâmico e diverso.

"Os dinossauros que habitavam essa região são conhecidos como 'dinossauros polares'. Entre eles, havia pequenos ornitópodes (herbívoros com bicos e bochechas cheias de dentes) e terópodes (dinossauros carnívoros e predadores)", afirmou Korasidis em um artigo publicado no The Conversation. 

A partir de cerca de 113 milhões de anos atrás, o registro fóssil mostra o surgimento das primeiras plantas com flores na região, o que causou uma grande transformação na vegetação: diversas plantas do sub-bosque, como algumas samambaias, desapareceram.

Por volta de 100 milhões de anos atrás, o ecossistema contava com um dossel aberto de coníferas, enquanto o sub-bosque reunia angiospermas, samambaias, hepáticas, musgos e licófitas.

De acordo com as autoras, essa mudança na flora teve reflexos na dieta dos dinossauros, que aram a consumir plantas com flores. O clima da época, entre 6 °C e 14 °C mais quente do que o atual, era resultado da intensa atividade vulcânica, que elevava os níveis de dióxido de carbono e impedia a formação de calotas polares.

"O registro fóssil oferece pistas cruciais sobre como a vida pode responder às condições climáticas previstas para o futuro, já que situações semelhantes ocorreram antes na história da Terra. Compreender essa história é essencial para nossa resposta ao desafio atual das mudanças climáticas", concluiu Korasidis.