Protagonista do primeiro longa-metragem animado do estúdio de Walt Disney, animação clássica chega aos cinemas na versão live-action
Redação Publicado em 19/03/2025, às 12h52 - Atualizado às 12h57
Em 1937, o mundo do entretenimento mudou para sempre com a estreia de "Branca de Neve e os Sete Anões", o primeiro longa-metragem de animação da Disney. Mais do que um simples filme, Branca de Neve foi a porta de entrada para uma nova era no cinema, revolucionando a forma como histórias eram contadas e projetadas nas telas – especialmente porque, até então, não era comum ter personagens humanos animados nas animações.
Com o toque visionário de Walt Disney, o filme também estabeleceu o padrão de magia da Disney, tendo um grande impacto histórico e cultural através da personagem que iniciou o legado das princesas da Disney e transformou a indústria cinematográfica.
Produzir "Branca de Neve e os Sete Anões" (1937) foi uma aposta ousada de Walt Disney, que investiu todo o futuro de seu estúdio no projeto. Chamado de "A Loucura de Disney" por críticos na época, a produção foi um dos primeiros longas-metragens de animação coloridos produzido na história, e levou cerca de três anos para ser finalizado.
Walt Disney, convencido de que a animação poderia emocionar o público, persistiu em seu sonho e apostou no ‘Technicolor’, tecnologia de processamento de cor que oferece maior vivacidade e intensidade nas cores, garantindo uma aparência mais vibrante e mágica. A produção, portanto, não apenas mudou os rumos da Disney, mas também estabeleceu novos padrões na indústria cinematográfica mundial.
A produção foi uma das primeiras a utilizar a técnica do rotoscópio em larga escala, que envolvia a filmagem de atores reais para ajudar os animadores a criar movimentos mais fluidos e realistas nos personagens.
O projeto exigiu um trabalho colossal de uma equipe de mais de 750 artistas, que desenharam mais de dois milhões de esboços para a produção. Fun fact: Walt Disney hipotecou sua própria casa para conseguir financiar o longa-metragem.
"Branca de Neve e os Sete Anões" foi muito mais do que um sucesso de bilheteria. Com seus personagens marcantes e uma narrativa visual inovadora, o filme abriu as portas para a criação de um novo gênero cinematográfico: o dos longas animados - visto que antes as animações eram predominantemente curtas-metragens.
Além disso, foi o primeiro a receber um Oscar honorário por suas realizações pioneiras, ganhando inclusive 7 miniaturas de estatuetas para representar cada um dos anões, um feito histórico que colocou a Disney no mapa de Hollywood. Esse sucesso inicial pavimentou o caminho para futuras produções de êxito e consolidou Walt Disney como um dos maiores nomes do entretenimento global.
Além de sua importância técnica e histórica, a figura de Branca de Neve trouxe algo inédito ao imaginário popular da época: uma heroína que, com sua bondade e coragem, enfrentava desafios com resiliência.
Sua jornada de superação e sua crença na bondade transformaram-na em um símbolo de esperança, um arquétipo que transcendeu gerações e influenciou na criação de todas as princesas que vieram depois dela.
A partir de 20 de março, o público poderá conferir a magia de Branca de Neve reimaginada no live-action estrelada por Rachel Zegler no papel da Branca de Neve e Gal Gadot como Rainha Má.
Trazendo uma releitura encantadora da animação de 1937, a Disney convida as novas gerações a redescobrirem a primeira princesa que encantou o mundo, mantendo viva a essência de magia e resiliência que transformou "Branca de Neve e os Sete Anões" em um clássico atemporal.
