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Segundo novo estudo, algumas substâncias podem ter sido bastante importantes nas guerras entre bárbaros germânicos e romanos
Publicado em 04/12/2024, às 11h00
Recentemente, pesquisadores da Universidade Maria Curie-Sklodowska, na Polônia, descobriram mais de 240 peças arqueológicas cujos formatos lembravam a colheres, presentes em cintos de guerreiros bárbaros. Isso, por sua vez, pode ser um indício de que esses homens teriam feito uso de drogas estimulantes para se prepararem para as batalhas.
Segundo a Revista Galileu, já é conhecido e documentado historicamente o consumo de narcóticos como o ópio, desde a Grécia até em Roma. No entanto, não havia evidências de que tais substâncias psicoativas também teriam sido utilizadas pelos bárbaros.
Porém, com a descoberta de 241 peças com formato de colher — distribuídas em 116 sítios arqueológicos romanos pela Escandinávia, Alemanha e Polônia, próximas de outros itens de guerra —, com alças que vão de 40 a 70 milímetros de comprimento, uma parte côncava e um disco de 10 a 20 milímetros de diâmetro, agora os arqueólogos especulam que os antigos bárbaros germânicos também teriam empregado tais substâncias em batalha.
Os especialistas descrevem que, ao longo de toda a história, drogas foram utilizadas por soldados para conseguirem um aumento em seus esforços, além de reduzir o estresse e o medo comuns durante guerras. Dessa forma, as "colheres" teriam servido para que os guerreiros consumissem uma quantidade adequada, sem o risco de uma overdose.
Em artigo publicado recentemente na revista científica Praehistorische Zeitschrift, os pesquisadores desenvolveram uma análise dos objetos em questão, a fim de tentar identificar quais teriam sido os estimulantes utilizados pelos bárbaros germânicos durante o período romano.
Segundo os pesquisadores, provavelmente as substâncias psicoativas mais utilizadas eram provenientes da própria região em que estes grupos viviam, ou, no caso de origens mais distantes, eram transportadas na forma seca. Os germânicos poderiam ter utilizado de substâncias provenientes da papoula, do lúpulo, do cânhamo, do meimendro, da beladona e até de fungos.
Por fim, o artigo ainda conclui que o uso dessas drogas pelos germânicos pode ter sido extensivo, principalmente durante os conflitos militares contra os romanos. Outro detalhe que vale destacar é que, para que fosse fornecida a quantidade e tipo adequado para cada situação, provavelmente esse grupo já tinha algum nível de conhecimento e organização destas substâncias.
"Parece que a conscientização sobre os efeitos de vários tipos de preparações naturais no corpo humano implicou no conhecimento de sua ocorrência, métodos de aplicação e o desejo de usar conscientemente essa riqueza para outros fins", escreveram, por fim, os autores em comunicado, mencionando ainda o uso de estimulantes também medicinalmente ou em rituais, além da guerra.