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Notícias / Arqueologia

'Casa da vida' é descoberta em templo mortuário de Ramsés II no Egito

Escavações no Ramesseum, templo mortuário do faraó Ramsés II em Luxor, revelaram detalhes sobre a vida e o trabalho no Antigo Egito

Éric Moreira
por Éric Moreira

Publicado em 07/04/2025, às 12h16

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Artefatos encontrados durante escavação - Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito
Artefatos encontrados durante escavação - Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Recentemente, uma equipe de escavação conjunta egípcia-sa descobriu no Ramesseum — o imponente templo mortuário do faraó Ramsés II —, localizado na Cisjordânia de Luxor, na Necrópole de Tebas, uma série de novos achados arqueológicos que revelam mais sobre a vida dos antigos egípcios.

A equipe de escavação, conforme repercute o Archaeology News, é composta por especialistas do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito, do Centro Nacional de Pesquisa Científica da França e da Universidade de Sorbonne, também na França.

Estatuetas encontradas no Ramesseum / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

O Ramesseum, vale mencionar, foi construído ainda durante o reinado de Ramsés II, mas este não era simplesmente um monumento em memória ao faraó; em vez disso, também era um centro vivo de grande atividade religiosa, educacional, istrativa e econômica.

Portanto, as novas descobertas trazem novas compreensões sobre como os antigos egípcios viviam, trabalhavam e organizavam seu mundo, conforme explica Mohamed Ismail Khaled, Secretário-Geral do Conselho Supremo de Antiguidades, em comunicado.

Entre as revelações mais surpreendentes, está a descoberta de uma Casa da Vida — também chamada de Per Ankh —, local que servia como templo-escola ou centro de reconhecimento. Há bastante tempo, egiptólogos teorizavam a existência da estrutura no Rameseum, mas ela nunca foi confirmada até então.

As escavações revelaram desenhos de alunos, fragmentos de brinquedos educativos e restos de ferramentas antigas de aprendizagem. Além disso, os pesquisadores descrevem que a Casa da Vida é a primeira evidência material de uma instituição educacional associada diretamente ao templo — que também é conhecido como "Templo de Milhões de Anos".

Artefatos encontrados durante as escavações / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Além de detalhes sobre a educação do ado, as escavações também descobriram evidências generalizadas da infraestrutura econômica do templo. Ali, os pesquisadores encontraram armazéns subterrâneos e adegas ao norte, que serviram como áreas de armazenamento de azeite de oliva, mel, gordura e vinho. Também foram desenterrados rótulos de jarras de vinho, que confirmam o local como uma adega ativa.

Ainda sobre os aspectos da infraestrutura econômica do templo, também foram documentados pelos escavadores oficinas têxteis e de pedra, cozinhas e padarias, o que demonstra um quadro rico de como o local era um complexo independente que não só atendia a equipe do templo, como também a comunidade em geral.

Por fim, também foram revelados escritórios istrativos no templo, estruturas que sugerem uma hierarquia complexa entre os servidores públicos que istravam toda a produção e redistribuição de bens.

No setor nordeste do sítio arqueológico, havia ainda um grupo de tumbas do Terceiro Período Intermediário (entre 1069 a.C. e 525 a.C.), que contêm poços funerários, sarcófagos aninhados, jarros canópicos, ferramentas funerárias e uma quantia surpreendente de 401 estatuetas ushabti de cerâmica. A existência de restos humanos pelo sítio confirmam a função posterior do templo como necrópole.

Coleção de estatuetas ushabti encontradas / Crédito: Divulgação/Ministério do Turismo e Antiguidades do Egito

Outros esforços

O arqueólogo egípcio Hisham El-Leithy também anunciou, em meio às descobertas, que confirmou a reescavação do sepultamento do faraó Sehetep-ib-Re, do Império Médio. Ele foi encontrado originalmente em 1896 pelo arqueólogo britânico James Quibell, e chama atenção por conter artes funerárias bem preservadas e ainda adicionar mais uma camada cronológica ao uso do templo.

Além disso, os esforços de restauração no setor sul do templo apresentaram resultados relevantes, com a reconstrução dos colossos de Ramsés II e de sua mãe, a rainha Tuya, que também foram colocados em seus locais originais. O palácio real adjacente ao primeiro pátio do templo também foi restaurado, revelando a sala do trono original e o salão de recepção, espaços que provavelmente foram utilizados pelo faraó durante visitas de estado.

Por fim, também é destacado que as descobertas recentes reforçam que o local do templo foi ocupado antes mesmo do reinado de Ramsés II, e ainda reutilizado posteriormente, por cortadores de pedra dos períodos ptolomaico e romano.