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Laura Winham, 38, foi encontrada morta dentro do próprio apartamento, após o serviço social do país ter deixado seu corpo à deriva por 3 anos
Laura Winham, uma mulher de 38 anos com problemas de saúde mental, foi encontrada morta em seu apartamento após três anos, depois de ter sido, segundo sua família, "abandonada à própria sorte" pelos serviços sociais do Reino Unido.
Diagnosticada provisoriamente com transtorno delirante, Laura teve seus benefícios por invalidez cortados, o que a levou a parar de comprar comida e se isolar ainda mais.
Nesta terça-feira, 25, a família apontou como fator para sua morte o abandono do serviço social responsável pelos cuidados de Laura, conforme reportado pelo The Independent.
Seus restos mortais foram descobertos em maio de 2021 por seu irmão, Roy Winham, depois que a família solicitou à polícia que invadisse o apartamento. Laura havia cortado contato com seus familiares em 2014 devido ao agravamento de sua saúde mental, e eles acreditavam que ela estava sendo assistida pelos serviços sociais locais.
Laura era claramente uma pessoa potencialmente em risco, mas ela não foi considerada digna de visita. Ela foi deixada para se defender sozinha, até mesmo suas próprias entradas de diário ilustram que ela era incapaz de lidar com isso", disse Roy ao The Independent.
Em janeiro de 2021, Roy tentou entrar em contato com Laura após a piora na saúde do pai, mas sem sucesso.
A situação crítica de Laura já havia sido alertada em outubro de 2017, quando a polícia de Surrey encaminhou um alerta aos serviços sociais após uma visita ao apartamento dela.
Na ocasião, foi constatado que Lauranão tinha telefone, emprego, amigos ou familiares próximos, além de pouca comida e dinheiro. Apesar dessas preocupações, os serviços sociais tentaram contatá-la apenas por telefone e, ao não obter resposta, enviaram uma carta — ignorando que Laura era surda. Sem retorno, o caso foi encerrado em novembro de 2017.
Acredita-se que Laura tenha morrido nesse mesmo mês, uma vez que ela parou de marcar dias em seu calendário, de fazer compras de alimentos online e de escrever em seu diário. Em uma de suas últimas anotações, datada de outubro de 2017, ela mencionou já estar há um mês sem comprar comida.
O inquérito conduzido pela legista assistente Dra. Karen Henderson concluiu que houve uma "oportunidade perdida" por parte dos serviços sociais em visitar Laura ou buscar apoio por meio de outras instituições, como o médico de família. No entanto, não foi possível determinar se essa falha contribuiu diretamente para sua morte.
A situação se agravou ainda mais quando o Departamento de Trabalho e Pensões cortou os benefícios por invalidez de Laura em 2016, sem investigar proativamente a falta de resposta dela às cartas enviadas.
O advogado da família, Iftikhar Manzoor, comentou ao Independent sobre o descaso do serviço social, relembrando a "perda de oportunidade" que o caso sofreu em 2017, quando Laura foi colocada sob os cuidados do órgão:
Laura e sua família precisam de um sistema que se importe o suficiente com uma pessoa vulnerável. A morte de Laura deve agir como um catalisador para a mudança”, disse ao jornal britânico.
Os irmãos de Laura, Nicky e Roy, expressaram sua dor e frustração ao relatar a difícil decisão de respeitar a vontade da irmã de se manter afastada, na esperança de que ela estivesse recebendo o e necessário.
Infelizmente, essa expectativa nunca se concretizou, resultando em uma tragédia que, segundo a família, deve servir como catalisador para mudanças nos serviços de apoio a pessoas vulneráveis.