Na noite desta terça-feira, 24 de dezembro, católicos de todo o mundo celebram a tradicional Missa do Galo; entenda o evento!
Publicado em 24/12/2024, às 08h10
Por mais que muita gente associe o Natal a se reunir com a família e trocar presentes com outras pessoas, a data tem como base cristã, celebrando o nascimento de Jesus. E todos os anos, na véspera de Natal — como esta terça-feira, 24 —, ocorre em vários lugares do mundo a tradicional Missa do Galo, uma das celebrações mais importantes do ano na Igreja Católica.
A Missa do Galo recebe esse nome, pois o animal é quem anuncia a chegada de um novo dia. E conforme explica o padre Tarcisio Marques Mesquita, da paróquia Nossa Senhora do Bom Parque, do Tatuapé, em São Paulo, ao UOL, isso se relaciona à data, pois é como se o galo anunciasse a chegada de Jesus: "Tudo o que se refere a Jesus é relacionado a renovação, reconciliação. A esperança do renascer".
Essa missa acontece todas as noites de 24 de dezembro, sendo realizada à meia-noite em algumas igrejas. "Estamos celebrando a noite do parto na manjedoura. Por isso, algumas igrejas só fazem a celebração na virada", acrescenta o padre.
+ Entenda a verdade por trás do peru, ou perua, de Natal
A Missa do Galo surgiu no século 5, sendo "criada" pelo papa Sisto III. Essa celebração perdurou séculos, e nunca deixou de celebrar o mesmo: a chegada de Jesus, o salvador do mundo católico, ao mundo.
Até hoje, a missa é celebrada no Vaticano pelo papa, e ocorre na Capela de São Pedro. A celebração do papa Francisco será transmitida para o mundo todo e, no Brasil, será exibida pela TV Globo à 00h.
Vale mencionar ainda que, embora a tradição seja incorporada à Igreja Católica e celebrada no contexto cristão, ela é, na verdade, uma releitura da antiga Festa do Deus Sol, uma data pagã que celebra o Deus Sol que, no hemisfério norte, era especialmente valorizado nesta época, pois em dezembro fazia frio e escurecia cedo nestas regiões.
"Eles tinham as festividades pela luz. Para nós, Jesus é a luz. Temos que tirar o peso do preconceito do paganismo, porque eles também tinhas suas buscas e celebrações", explica, por fim, o padre Tarcisio Marques Mesquita ao UOL.
