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Notícias / Brasil

Polícia investiga panfletos associados a Ku Klux Klan em universidade de São Paulo

Faculdade emite nota de repúdio e Polícia Civil investiga crime de difamação após panfletos com símbolos supremacistas serem colados nos arredores

Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 03/06/2025, às 18h30

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Panfletos com apologia ao KKK colados no entorno do Mackenzie - Reprodução/Redes Sociais
Panfletos com apologia ao KKK colados no entorno do Mackenzie - Reprodução/Redes Sociais

A Polícia Civil de São Paulo investiga um caso preocupante que reacende o alerta para o avanço de discursos de ódio no país. Na última semana, panfletos com apologia à Ku Klux Klangrupo supremacista branco fundado nos Estados Unidos no século 19 — foram colados em muros ao redor do campus da Universidade Presbiteriana Mackenzie, no bairro de Higienópolis, região nobre da capital paulista.

Os cartazes, divulgados nas redes sociais no fim de semana, continham imagens de pessoas negras ao lado de símbolos da KKK, o logo da universidade e o lema "Deus, Pátria e Liberdade", historicamente associado a ideologias fascistas. Segundo a assessoria da faculdade, os panfletos foram colados entre quinta e sexta-feira da semana ada.

Em nota oficial, o Mackenzie repudiou o episódio, que classificou como "ataque à instituição por meio de símbolos e mensagens de ódio e intolerância". A universidade também reafirmou seu "compromisso inabalável com a construção de um ambiente acadêmico acolhedor, plural e seguro para toda a sua comunidade".

A Polícia Civil trata o caso como difamação contra a instituição de ensino e já abriu inquérito para investigar a autoria e as circunstâncias do crime. O registro foi feito pela Delegacia Eletrônica e encaminhado ao 4º Distrito Policial (Consolação), responsável pela apuração. Até o momento, não há suspeitos identificados.

Outra polêmica

O episódio ocorre apenas um mês após outro caso polêmico envolvendo a instituição. No final de abril, uma aluna de 15 anos do Colégio Mackenzie — localizado no mesmo prédio da universidade — foi encontrada desacordada no banheiro. A mãe da estudante, que é bolsista, afirma que a jovem vinha sofrendo ataques racistas e episódios de bullying desde 2023. Ela também denuncia que, mesmo após pedidos de ajuda psicológica à escola, nenhuma medida efetiva foi tomada.

"A escola foi notificada oficialmente sobre os ataques racistas em 2024, mas não tomou providências concretas", afirmou a advogada Réa Sylvia, representante da família. Em resposta, o colégio informou que prestou atendimento médico à aluna e que a equipe de orientação educacional e a psicóloga escolar já acompanhavam o caso, reforçando o e à adolescente e sua mãe após o ocorrido.

Repercussão

O surgimento dos panfletos racistas reforça as preocupações sobre o ambiente de inclusão na instituição. Apesar da gravidade das mensagens, a repercussão interna foi tímida. Um protesto contra os panfletos chegou a ser convocado nas redes sociais para o meio-dia de ontem, em frente à entrada do campus, mas não se concretizou. No horário marcado, estavam presentes apenas membros da assessoria de imprensa da universidade e policiais militares. Muitos alunos sequer sabiam da manifestação — ou da existência dos panfletos.

Segundo o UOL, o coletivo estudantil antirracista do Mackenzie também declarou não ter tido conhecimento prévio do caso até o início da semana. A falta de mobilização estudantil e de maior visibilidade pública sobre o ocorrido levanta questionamentos sobre o enfrentamento real ao racismo dentro dos espaços acadêmicos.

O Mackenzie reiterou, em nova nota, que os conteúdos dos panfletos são "absolutamente incompatíveis com os princípios de respeito, diversidade e inclusão" da instituição. A faculdade destacou que investe em programas de inclusão com foco em equidade e combate à discriminação, e que mantém o compromisso com a formação de cidadãos éticos e conscientes.