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La Dolce Villa, uma jovem chama atenção ao comprar uma propriedade por um valor baixo na Toscana; conheça a história do filme
Para os fãs de filmes românticos, "La Dolce Villa", pode ser uma boa aposta da Netflix. Com estreia marcada para a quinta-feira, 13, o filme chama atenção com uma história curiosa.
A narrativa gira em torno de Olivia (interpretada por Maia Reficco), uma jovem sonhadora que adquire uma casa antiga vila na zona rural da Itália por apenas um euro. A venda inusitada faz parte de um plano amplo para revitalizar a vila local.
No entanto, seu pai, Eric (vivido por Scott Foley), decide intervir e tentar convencê-la a desistir da ideia. A situação se complica ainda mais quando o personagem se encontra com a prefeita da cidade, sca (Violante Placido), revelando que ele, na verdade, tem seus próprios desafios pessoais e profissionais a enfrentar.
O filme é fruto da ficção: a história e os personagens não existem na vida real. Mas, a venda de propriedades por valores baixos acontece fora das telas.
Uma reportagem publicada no ano ado pelo CNN Travel destacou a cidade de Patrica, localizada ao sul de Roma, na região central da Itália. Com uma população de aproximadamente 3 mil habitantes, o vilarejo é caracterizado por suas construções do início do século XX e oferece uma vista panorâmica para um vale. Apesar de sua beleza e charme, Patrica enfrenta um dilema em relação ao seu patrimônio imobiliário.
Desde a implementação do programa nacional conhecido como 1 Euro Houses, em 2017, a cidade possui propriedades que poderiam ser vendidas por apenas um euro. No entanto, até o ano ado, somente duas dessas casas foram efetivamente transacionadas.
A iniciativa visa atrair novos residentes para pequenas localidades que têm visto sua população diminuir, especialmente entre os jovens que buscam oportunidades melhores em outros lugares.
Desde a sua criação, 75 municípios aderiram ao programa, sendo a maioria deles situada no sul da Itália, uma região que historicamente apresenta índices socioeconômicos mais baixos em comparação ao norte do país.
Contudo, é um equívoco acreditar que adquirir uma casa por um euro seja um processo simples; as condições envolvidas são bastante complexas e exigem investimentos adicionais significativos.
Cada município tem autonomia sobre os procedimentos relacionados às propriedades disponíveis. O governo atua como intermediário entre vendedores e potenciais compradores.
É comum que os interessados sejam obrigados a visitar a localidade para formalizar a compra. Os imóveis oferecidos geralmente não são mansões; trata-se de construções antigas que apresentam diversas falhas estruturais, como infiltrações e fiações deterioradas.
O valor simbólico de um euro é apenas o primeiro o. Ao fechar o negócio, o comprador deve arcar com taxas de corretagem e impostos sobre a escritura, além de apresentar em até um ano um plano para avaliação e restauração da propriedade.
Após isso, o novo proprietário deve solicitar licenças para iniciar as reformas dentro de um prazo estipulado pela prefeitura, normalmente três anos. Para garantir o cumprimento das obras, o governo pode exigir um depósito de até 5 mil euros.
Ainda que em muitos vilarejos italianos os custos com mão de obra e materiais de construção sejam relativamente íveis, os gastos totais podem ser consideráveis. Um estudo realizado pela CNBC revelou que alguns americanos que adquiriram imóveis através do programa desembolsaram entre 38 mil e 479 mil dólares (aproximadamente R$ 190 mil a R$ 2,4 milhões), incluindo impostos e reformas.
Em localidades como Mussomeli, na Sicília, o projeto mostrou-se eficaz: cerca de 100 casas foram vendidas através da iniciativa e outras 200 pertencentes à categoria "casas " também encontraram novos proprietários. Isso resultou em um aumento impressionante de 3.000% no turismo local, impulsionado por novos comerciantes que abriram estabelecimentos nas propriedades adquiridas.
No entanto, essa realidade positiva não se reflete em todos os municípios. Em Patrica, muitos imóveis estão em estado tão crítico que desestimula potenciais compradores. Além disso, localizar os antigos proprietários e seus herdeiros tem se mostrado uma tarefa árdua.
Muitos abandonaram a cidade há anos e não mantêm contato com ninguém da região. Ademais, muitos desses imóveis estão atrelados a dívidas fiscais e encargos financeiros que afastam os proprietários do desejo de recuperá-los.
Apesar dos desafios enfrentados, a istração municipal de Patrica continua em busca dos antigos proprietários e lançou um programa destinado à revitalização das fachadas dos imóveis existentes. Incentivos fiscais também foram criados para estimular a construção de pousadas e outros estabelecimentos comerciais na cidade.