Pai da física moderna teria registrado suas previsões para o apocalipse em relato escrito no século XVIII; saiba qual era sua visão de futuro
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Thiago Lincolins Publicado em 14/02/2025, às 20h00
Isaac Newton (1642-1727), renomado matemático, físico, astrônomo e teólogo, conhecido principalmente por formular a lei da gravidade, também fez previsões sobre o fim do mundo.
Em uma carta escrita em 1704, Newton sugeriu que o mundo, tal como conhecemos, deixaria de existir em 2060. Essa previsão se baseava em suas interpretações dos textos bíblicos, especialmente no Livro de Daniel, e refletia sua profunda relação entre fé e ciência.
Segundo os escritos do cientista, o ano de 2060 marcaria o início de um período de transformações apocalípticas, incluindo pragas, guerras e a destruição das nações perversas. Esse cenário culminaria com o retorno de Jesus Cristo e dos santos para estabelecer um reino global de paz que duraria mil anos.
Stephen D. Snobelen, professor da Universidade do King's College em Halifax, explicou em 2003 que Newtonnão via uma separação absoluta entre religião e ciência. Para ele, ambas as áreas se complementavam na busca pela compreensão do universo e dos planos divinos.
Na carta de 1704, Newton escreveu que o fim do mundo poderia ocorrer depois de 2060, mas dificilmente antes. Ele destacou que seu objetivo era refutar especulações infundadas de outros que frequentemente erravam ao prever o Apocalipse, prejudicando, assim, a credibilidade das profecias sagradas.
Para Newton, a chegada desse novo tempo também envolveria a volta dos judeus à Terra de Israel e a reconstrução do Templo em Jerusalém. Esses eventos seriam precursores da segunda vinda de Cristo e do início da era de paz.
A previsão de Newton, entretanto, não deve ser interpretada como um presságio de destruição final, mas pode ser lida como o início de uma nova etapa espiritual e social para a humanidade, conforme sua interpretação das escrituras bíblicas.
