Três pessoas foram mortas em atentado ocorrido em 2020, incluindo a brasileira Simone Barreto, de 44 anos de idade
Redação Publicado em 27/02/2025, às 09h13
Brahim Aouissaoui, tunisiano de 25 anos, foi condenado na noite desta quarta-feira, 26, à prisão perpétua sem possibilidade de redução de pena, a punição mais severa do código penal francês. O homem é responsável pelo assassinato de três pessoas em 2020 na basílica de Nice, no sudeste da França, entre elas a brasileiraSimone Barreto, de 44 anos.
Durante o julgamento em Paris, na última segunda-feira, 24, Aouissaoui reconheceu os crimes e afirmou ter agido para "vingar os muçulmanos" mortos por ocidentais. "Sim, reconheço os fatos", declarou ele, itindo pela primeira vez ser o autor do ataque com uma faca de cozinha que matou Nadine Vincent, de 60 anos, o sacristão Vincent Loquès, de 55, e Simone Barreto Silva, em 29 de outubro de 2020.
"Não sou um terrorista, sou um muçulmano", disse o acusado em árabe, por meio de um intérprete. "Vocês matam muçulmanos todos os dias e não se importam", acrescentou, alegando que escolheu as vítimas de forma "aleatória". De acordo com a agência de notícias RFI, Aouissaoui negou ter planejado o atentado, mas insistiu que os assassinatos foram "legítimos".
Para os magistrados, ele já representava uma ameaça ao deixar clandestinamente a Tunísia em 18 de setembro de 2020. "O ataque é, na realidade, o culminar de um compromisso jihadista nascido na Tunísia", declarou uma advogada. Ela destacou ainda que, após o crime, ele "não demonstrou remorso" e que seu "ódio pelo Ocidente e pela França permaneceu intacto".
