Com 3.000 carros elétricos, o navio cargueiro Morning Midas, que pretendia chegar ao México, foi abandonado após incêndio, na costa do Alasca
Publicado em 05/06/2025, às 09h17
Nesta terça-feira, 3, os tripulantes de um navio cargueiro que transportava cerca de 3.000 carros elétricos abandonaram a embarcação na costa do Alasca após um incêndio. O navio, chamado Morning Midas, é de responsabilidade da operadora Zodiac Maritime, e tinha como destino a cidade de Lázaro Cárdenas, no México.
Conforme repercute o UOL, estima-se que cerca de 800 modelos elétricos diferentes estavam a bordo do navio, mas a embarcação precisou ser evacuada, com seus tripulantes partindo em um barco salva-vidas, após o incêndio. Felizmente, todas as pessoas foram transferidas com sucesso para outro navio, e não houve nenhum ferido.
O navio, que ava pelo Oceano Pacífico, continha 22 tripulantes e estava a 482,9 km a sudoeste de Adak, no Alasca, segundo informado pela Guarda Costeira dos Estados Unidos em publicação no X. A embarcação, vale destacar, possui bandeira da Libéria (um país da África Ocidental), e partiu do porto de Yantai, na China, no dia 26 de maio, em direção ao México.
A Zodiac Maritime informou que uma fumaça foi vista subindo do convés em que estavam os carros elétricos, e por isso a evacuação foi uma necessidade emergencial e rápida; visto que fogo em veículos elétricos em navios são especialmente difíceis de extinguir, por conta do calor gerado e pelo risco de reignição. Ainda não se sabe, porém, a marca dos veículos transportados.
Segundo o UOL, nos últimos anos, vem se notado um aumento na incidência de episódios como esse. Por exemplo, em 2019, o navio cargueiro Goldey Ray, da Hyundai Glovis, tombou na costa do estado da Geórgia, nos Estados Unidos, com 4.200 carros a bordo, precisando ser fatiado para ser extraído do local — um projeto que durou dois anos.
Já em 2022, outro navio que transportava cerca de 4 mil carros de luxo, como Porsches e Bentleys, afundou no arquipélago de Açores, de Portugal. A seguradora Allianz Commercial informa que estes incidentes atingiram seu nível mais alto em uma década em 2024: "a realidade é que o risco continua significativo devido ao tamanho desses navios e às complexidades envolvidas no combate a incêndios e no salvamento".
