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Com cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Zelândia teria se separado do supercontinente Gondwana há aproximadamente 85 milhões de anos
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 27/05/2025, às 14h20 - Atualizado em 03/06/2025, às 18h21
Escondida sob as águas do Pacífico Sul, a Zelândia é uma imensa massa continental que permanece quase totalmente submersa. Embora apenas cerca de 5% de sua área emergir acima do nível do mar — concentrando-se principalmente na Nova Zelândia e em algumas ilhas próximas —, suas características geológicas têm levado especialistas a reconhecê-la como um continente distinto.
Com cerca de 5 milhões de quilômetros quadrados, a Zelândia teria se separado do supercontinente Gondwana a aproximadamente 85 milhões de anos atrás. Naquela época, Gondwana agrupava as atuais América do Sul, África, Antártida, Austrália e partes da Ásia. Acredita-se que a Zelândia tenha se afastado inicialmente da Antártida Ocidental, e depois da Austrália.
Segundo um estudo publicado em 2023 na revista Tectonics, o afinamento e resfriamento da crosta terrestre nessa região foram determinantes para que a Zelândia afundasse sob o mar.
A hipótese de que a Zelândia seja um continente vem sendo discutida por geólogos há décadas, mas somente nos últimos anos surgiram evidências mais robustas. Entre os dados que sustentam essa teoria estão as idades e composições das rochas coletadas, além de padrões magnéticos que apontam para atividade tectônica antiga.
“Datando essas rochas e analisando suas anomalias magnéticas, conseguimos traçar as principais unidades geológicas da Zelândia”, afirmam os pesquisadores no artigo. Nas amostragens, foram encontrados arenitos, fragmentos vulcânicos e lavas basálticas que datam desde o Cretáceo Inferior até o Eoceno. Esses materiais se assemelham aos encontrados em outros continentes, e não em crostas oceânicas típicas.
Além disso, as anomalias magnéticas do fundo do mar coincidem com os períodos de formação dessas rochas, reforçando a existência de uma estrutura continental bem definida.
Por estar praticamente intacta sob o oceano, a Zelândia oferece um raro laboratório natural para estudar a formação, fragmentação e movimentação dos continentes ao longo de milhões de anos.
As placas tectônicas tiveram papel decisivo nesse processo. O estiramento da crosta terrestre e a subducção — fenômeno em que uma placa desliza sob outra — contribuíram para que a maior parte da Zelândia afundasse, deixando apenas algumas ilhas visíveis hoje.
“O fato de estar submersa não diminui sua relevância geológica”, ressaltam os cientistas. Muitas das rochas sedimentares encontradas remontam ao final do período Cretáceo, sugerindo que partes da Zelândia permaneceram acima do mar por um longo período. Já as lavas basálticas indicam atividade vulcânica mais recente, relacionada à movimentação das placas tectônicas.
Embora grande parte da Zelândia ainda não tenha sido explorada, avanços como a tecnologia de imagens sísmicas e perfurações em alto-mar prometem revelar mais sobre sua composição e história. Estudar essa região pode fornecer pistas valiosas sobre os efeitos da deriva continental no nível dos oceanos, nas mudanças climáticas e na distribuição da biodiversidade global.