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Notícias / Geologia

Reservatório de ouro no núcleo da Terra está subindo para a superfície; entenda!

Pesquisadores detectam sinais inéditos de que material do núcleo terrestre está 'vazando' em direção à crosta; saiba mais!

Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 27/05/2025, às 16h15

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Imagem meramente ilustrativa - Getty Images
Imagem meramente ilustrativa - Getty Images

Um estudo publicado na revista Nature revelou uma descoberta surpreendente: vestígios de ouro e outros metais preciosos que antes se acreditava estarem presos no núcleo da Terra estão, aos poucos, migrando para a superfície. A pesquisa foi conduzida por cientistas da Universidade de Göttingen, na Alemanha, e pode mudar o entendimento sobre a dinâmica interna do planeta.

Segundo os pesquisadores, traços do elemento químico rutênio (Ru) foram encontrados em rochas vulcânicas recentes do Havaí. A presença do isótopo 100Ru nessas amostras chamou a atenção por ser mais comum no núcleo metálico do planeta do que nas camadas superiores. 

Esse desequilíbrio isotópico, segundo os autores, é um forte indício de que o material analisado tem origem na fronteira entre o núcleo e o manto terrestre — uma região antes considerada praticamente isolada da crosta.

“O sinal anormalmente alto de 100Ru nas lavas só pode significar uma coisa: esse material veio da fronteira entre o núcleo e o manto”, afirmou à Nature Nils Messling, do Departamento de Geoquímica da Universidade de Göttingen. “Quando vimos os primeiros resultados, percebemos que tínhamos, literalmente, encontrado ouro”, completou o pesquisador.

Implicações

A descoberta foi possível graças a novos métodos analíticos desenvolvidos pela equipe alemã, que permitiram detectar variações antes imperceptíveis na composição isotópica das rochas.

Os cientistas acreditam que esse processo de “vazamento” do núcleo para o manto está ligado à formação de ilhas vulcânicas, como o Havaí, alimentadas por plumas de material superaquecido vindas das profundezas do planeta.

Agora sabemos que volumes gigantescos de material — centenas de quadrilhões de toneladas de rocha — se originam na fronteira núcleo-manto e sobem até a crosta”, explicou à revista o professor Matthias Willbold, coautor do estudo.

A pesquisa também levanta novas hipóteses sobre a origem de metais raros como ouro, platina e paládio na superfície terrestre. Esses elementos são essenciais para a indústria de alta tecnologia, sendo utilizados em baterias, turbinas e semicondutores. Se o mecanismo identificado também atuou no ado, parte das reservas atuais desses metais pode ter vindo das profundezas do núcleo.

As descobertas abrem uma nova perspectiva para o estudo da estrutura e da evolução geológica da Terra. “Estamos apenas começando a entender como o núcleo, antes visto como isolado, pode estar mais conectado à superfície do que imaginávamos”, concluiu Messling.