Em sua fala, Trump, que teve uma relação amigável com o rapper, afirmou não acompanhar o caso de perto, mas demonstrou familiaridade com as acusações
Felipe Sales Gomes, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 30/05/2025, às 18h30
O presidente dos EUA Donald Trump surpreendeu ao afirmar nesta sexta-feira, 30, que estaria disposto a conceder um perdão presidencial para o rapper e produtor Sean “Diddy” Combs, de 55 anos, que atualmente enfrenta um julgamento por tráfico sexual e outros crimes graves em Manhattan.
“Ninguém me perguntou, mas sei que as pessoas estão pensando nisso”, disse Trump durante uma entrevista coletiva no Salão Oval, ao lado de Elon Musk. “Se eu achar que alguém foi maltratado, quer goste de mim ou não, isso não teria nenhum impacto sobre mim.”
Combs está detido sem direito a fiança desde sua prisão em setembro por acusações federais. Entre os depoimentos mais contundentes do julgamento está o da cantora Cassie Ventura, ex-namorada de Combs e principal testemunha do processo.
Ela declarou que foi submetida a sessões de abuso físico e sexual prolongado, conhecidas como “surras”, supostamente orquestradas por Combs. Ventura afirmou ainda que o produtor a espancou durante anos.
Outros testemunhos revelaram alegações chocantes: uma ex-assistente, identificada apenas como “Mia”, relatou que Combs a penetrou contra sua vontade ao entrar sorrateiramente em sua cama.
O rapper também é acusado de operar sua gravadora, Bad Boy Records, como uma “empresa criminosa”, envolvida em subornos, agressões, ameaças e até uma tentativa de explodir o carro do rapper Kid Cudi, motivada por ciúmes.
Em sua fala, Trump afirmou não acompanhar o caso de perto, mas demonstrou familiaridade com as acusações. Ele também comentou que já teve uma relação amigável com Combs, que teria se deteriorado após sua entrada na política.
Desde que voltou à presidência em janeiro, Trump já concedeu um número elevado de perdões e comutações de pena — 17 apenas na última quarta-feira, 28. Entre os beneficiados estão o ex-deputado Michael Grimm, o ex-governador de Connecticut JohnRowland e as estrelas de reality show Todd e Julie Chrisley, libertadas da prisão federal.
