O 266º pontífice foi lembrado como "pastor simples e muito amado" e pediu um enterro discreto na Basílica de Santa Maria Maior
Gabriel Marin de Oliveira, sob supervisão de Fabio Previdelli Publicado em 26/04/2025, às 09h11
O Papa Francisco, 266º líder da Igreja Católica e uma das figuras mais transformadoras dos tempos modernos, será sepultado neste sábado, 26, na Praça de São Pedro, no Vaticano. O pontífice morreu aos 88 anos na segunda-feira de Páscoa e deixou um legado de humildade, proximidade com o povo e luta por justiça social.
O obituário colocado em seu caixão descrevia Francisco como "um pastor simples e muito amado", recordando seus anos como arcebispo de Buenos Aires, quando percorria a cidade de metrô e ônibus, cozinhava suas próprias refeições e se mantinha próximo dos mais pobres. "Francisco deixou a todos um testemunho maravilhoso de humanidade, vida de santo e paternidade universal", afirmou o texto.
Cerca de 200 mil pessoas lotam a Praça de São Pedro e as ruas vizinhas para se despedir, muitas delas acampadas desde a noite anterior. A cerimônia, presidida pelo Cardeal Giovanni Battista Re, reúne líderes mundiais, como o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o príncipe William, o presidente francês Emmanuel Macron, o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e Sir Keir Starmer, líder do Partido Trabalhista britânico.
Em um caixão simples de madeira revestido de zinco, Francisco foi velado por três dias antes da cerimônia. O funeral segue os tradicionais Ritos Fúnebres do Romano Pontífice e a missa contará com leituras em inglês e espanhol, refletindo a dimensão internacional do pontificado de Francisco.
Diferente dos papas recentes, o argentino pediu um enterro modesto fora da Basílica de São Pedro. Seu caixão será levado, após a missa, até a Basílica de Santa Maria Maior, atravessando locais históricos de Roma como a Piazza Venezia e o Coliseu. O sepultamento, realizado em cerimônia privada, atenderá a seu desejo de simplicidade, ecoando a vida que sempre buscou levar, mesmo na posição mais alta da Igreja Católica.
Segundo o 'Daily Mail', a morte de Francisco marca o fim de uma era de aproximação entre a Igreja e os mais vulneráveis, de gestos de humildade e de reformas que impactaram profundamente o catolicismo no século 21. Sua memória, como apontou seu obituário, "permanecerá no coração da Igreja e da humanidade".
