De acordo com relatos da equipe de produção, o processo de filmagens do longa de 2010 foi marcado por eventos misteriosos e sobrenaturais
O filme 'As Vidas de Chico Xavier', lançado há 15 anos, voltou aos holofotes nos últimos dias após ser incluído no catálogo da plataforma de streaming Netflix — ocupando a quarta colocação de filmes mais vistos da plataforma.
Baseado na biografia escrita por Marcel Souto Maior, o longa de 2010 que retrata a trajetória do médium mais célebre do Brasil chama a atenção do público não apenas pela força da história que narra, mas também pelas circunstâncias inusitadas que cercaram suas filmagens.
Afinal, segundo relatos da própria equipe de produção, o processo de filmagens foi marcado por acontecimentos misteriosos e sobrenaturais.
Conforme informações do portal Terra, pouco antes da estreia oficial, a equipe do filme participou de uma coletiva de imprensa na qual compartilhou experiências marcantes dos bastidores. Naquela ocasião, o diretor Daniel Filho destacou que, nas cenas de oração, por exemplo, os figurantes não estavam apenas atuando.
"Nas cenas em que Chico rezava, os figurantes não estavam atuando, eles rezavam mesmo com a gente, todos estavam muito incorporados naquela ideia, foi uma coisa que nunca vi antes", declarou o diretor, visivelmente comovido ao relembrar o envolvimento emocional e espiritual do elenco e da equipe técnica.
Já Souto Maior, autor do livro 'As Vidas de Chico Xavier', lembrou de um episódio marcante que ocorreu ainda durante a pesquisa para a obra. Ao visitar o centro espírita de Chico — mesmo sabendo que ele não vinha aparecendo devido a problemas de saúde — Marcel foi surpreendido com a chegada repentina do médium.
Enquanto pensava em como se apresentar, começou a sentir gotas molharem sua camisa. Ao perceber, viu que chorava copiosamente, sem qualquer motivo emocional aparente.
Achei tudo muito estranho pois naquele momento eu não sentia nada, não estava emocionado ou algo assim", relatou.
Anos depois, o mesmo fenômeno aconteceu com Daniel Filho. Inicialmente relutante em dirigir o filme, ele acabou aceitando o convite. Ao comunicar sua decisão à então esposa, a atriz Márcia Couto, foi questionado: "Por que você está chorando?". Ele negou estar emocionado, mas ao se olhar no espelho, viu que lágrimas desciam espontaneamente por seu rosto. Sem emoção, sem dor, sem explicação.
Não estava emocionado porque ia dirigir o filme, não estava gripado e não tinha problemas lacrimais. Mas ainda assim as lágrimas caíam", contou.
Esses episódios trouxeram um certo alívio a Marcel, que brincou ao dizer que ficou feliz por não ser o único a ar por isso. "Ninguém iria acreditar na minha história se isso só tivesse acontecido comigo."
Durante as filmagens, outros acontecimentos curiosos surgiram. Em uma das cenas em que o ator Ângelo Antonio interpreta Chico Xavier rezando, uma das figurantes entrou em transe e, segundo os presentes, teve a incorporação de um espírito.
Em outro momento, o produtor de elenco procurava por um cachorro vira-lata para uma cena específica. Enquanto andava pelas ruas, um cão começou a segui-lo persistentemente. Ao perguntar aos moradores da região se conheciam o animal, veio a surpresa: o nome do cachorro era Chico. E foi justamente esse cão, insistente e aparentemente "guiado", que acabou atuando na cena.
