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Matérias / Holocausto

O jovem que desvendou um mistério familiar em Auschwitz

Durante viagem a Auschwitz, jovem de 17 anos desvendou mistério que separou parte de sua família há 80 anos: 'Encerramento que nunca imaginamos'

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 16/02/2025, às 17h00 - Atualizado em 18/02/2025, às 18h25

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Entrada de trem de Auschwitz - Getty Images
Entrada de trem de Auschwitz - Getty Images

Durante a Segunda Guerra Mundial, com a perseguição de judeus do Holocausto, os irmãos Michael e Freddy Popper precisaram se separar. Foi a única maneira que seus pais encontraram de manter a esperança de ter os filhos vivos. Ninguém iria querer abrigar duas crianças judias em um único local, pois os riscos eram enormes. 

Michael, que tinha apenas 10 anos de idade, foi enviado para a região das montanhas de seu país natal, a Eslováquia. Por lá, ficou protegido no celeiro de uma família cristã. Já Freddy foi enviado para viver na casa de parentes em Budapeste, na Hungria

Em março de 1944, Adolf Hitlerordenou a invasão húngara, no episódio que ficou conhecido como Operação Margarethe. Freddy estava cada vez mais em apuros. A incerteza sobre o futuro era crescente. 

Nesse contexto, seu tio e sua tia, ambos farmacêuticos, tiraram suas próprias vidas ao se envenenaram — na esperança de que a morte deles pudesse dar melhores chances de sobrevivência para o garoto, caso ele fosse descoberto. 

Mas o destino de Freddy Popper permaneceu um mistério por décadas. Michael levou até o fim de sua vida, em meados de 2020, a esperança de saber o que aconteceu com o irmão. O destino Freddy só foi descoberto recentemente por Yuval, seu neto. Entenda!

O ado da família

Yuval tem apenas 17 anos. Morador do Bronx, em Nova York, no mês ado ele realizou uma viagem até o museu de Auschwitz — em meados da celebração de 80 anos da libertação do campo — como parte do grupo de escoteiros Amigos de Israel. Foi, então, que ele trouxe fim a uma angústia familiar que durava oito décadas. 

Tudo começou quando visitava a ala do museu de Auschwitz destinada aos desenhos de crianças presas no campo de concentração — onde retratam guardas, armas e mais detalhes sobre o cotidiano em trens ou em Auschwitz. 

Algo surpreendente aconteceu quando Yuval olhou a de um dos desenhos: lá estava escrito o nome do irmão de seu avô, Freddy Popper, que tinha 13 anos na época, conforme notícia matéria publicada pelo New York Post. 

Até agora, o destino de Freddy eram apenas rumores", disse Yuval ao New York Post. "Esta viagem deu à minha família uma prova e um encerramento que nunca imaginamos ser possível" 

O que era para ser apenas uma viagem com um grupo de escoteiros, para o jovem acabou se tornando algo profundamente pessoal. "Pensei em milhares de cenários sobre o que aconteceria na viagem. Mas eu não poderia imaginar que iria [resolver] esse mistério familiar".

Sobre a descoberta, a mãe de Yuval, Michal Poran, descreveu o momento como devastador: "Eu vi o nome e meu coração parou. Eu não conseguia respirar. Ele curou algo que estava quebrado há gerações", disse ela, também ao New York Post. 

Com o achado, Michal enviou uma foto do desenho com o nome de seu tio para sua mãe. "Senti como se toda a minha família — gerações e gerações da minha família — estivesse comigo, atrás de mim, me segurando", disse o adolescente sobre o momento da descoberta. 

"Eu realmente queria que meu saba [avô] tivesse visto isso e pudéssemos ter conversado sobre isso", finalizou. "Teria sido triste, mas acho que ele ficaria orgulhoso de mim por ter feito essa viagem e encontrado esse pedaço da história da família".