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Matérias / Pompeia

Pompeia: Relembre 5 descobertas intrigantes feitas no sítio arqueológico

Do homem 'depravado' ao cérebro transformado em vidro, explorações no sítio arqueológico revelam ado único de cidade devastada por erupção

Fabio Previdelli
por Fabio Previdelli
[email protected]

Publicado em 24/05/2025, às 10h00 - Atualizado em 04/06/2025, às 18h43

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Ancestral da pizza em vítima em suposta posição depravada - Parque Arqueológico de Pompeia
Ancestral da pizza em vítima em suposta posição depravada - Parque Arqueológico de Pompeia

Em 79 d.C., a erupção do Monte Vesúvio devastou as cidades de Pompeia e Herculano; tendo sido soterradas por cinzas vulcânicas. O material expelido pelo vulcão ajudou a conservar objetos de estudo arqueológico e também o formato dos corpos das vítimas; deixando as cidades "paradas no tempo". 

Em meados do século 18, arqueólogos iniciaram a exploração do sítio arqueológico, revelando um ado rico e único. Relembre cinco grandes descobertas feitos no sítio arqueológico de Pompeia!

1. Ancestral da pizza

Em junho de 2023, pesquisadores descobriram um afresco que retrata um suposto percursor da pizza italiana. A pintura foi localizada no salão de uma casa que ficava ao lado de uma padaria. 

O afresco de 2 mil anos revela um pão achatado ao lado de uma taça de vinho, cercado por frutas como romãs e tâmaras. Segundo o Parque Arqueológico de Pompeia relatou em comunicado na época, o pão retratado "pode ser um ancestral distante do prato moderno".

Possível pintura "ancestral da pizza" encontrada em Pompeia, na Itália - Ministério da Cultura Italiano/Parque Arqueológico de Pompeia

O achado foi feito na Regio IX, uma das nove áreas que compõem o sítio arqueológico. O edifício já havia sido parcialmente escavado no século 19. Os trabalhos foram retomados em janeiro de 2023.


2. Cérebro transformado em vidro

Na década de 1960, escavações em Herculano chamaram a atenção pelos restos mortais de um indivíduo que, aparentemente, teve seu cérebro transformado em vidro no momento de sua morte.

Em 2020, um estudo publicado no The New England Journal of Medicine, feito a partir de uma amostra do material, levantou a hipótese. No entanto, os críticos pontuaram que poderia sequer haver tecido cerebral capaz de comprovar a teoria.

A surpresa se devia principalmente ao fato de que não se esperava que os fluxos piroclásticos de fragmentos de rocha, cinzas e gás que o enterraram tenham sido quentes o suficiente, nem mesmo resfriados rápido o suficiente, para que isso acontecesse.

Imagem do cérebro de vidro - Divulgação/The New England Journal of Medicine

Em março deste ano, um estudo publicado no periódico Scientific Reports, forneceu novas evidências, incluindo análises microscópicas de restos de células cerebrais, que os autores sugerem ser tecido cerebral vitrificado, explica o Live Science.


3. Homem depravado

Em 2017, uma publicação viralizou nas redes sociais, mostrando um homem que morreu durante a erupção em uma posição bastante infame: parecendo estar se masturbando.

Entretanto, vale ressaltar que muitas das vítimas estavam em poses semelhantes: com o rosto entre as mãos, engatinhando, ajoelhadas; com uma forma mais retraída. Isso porque, estudos posteriores apontaram que as vítimas podem não ter morrido de asfixia, mas sim de forma instantânea, devido ao calor extremo, e não sufocadas.

Imagem ilustra homem petrificado em posição infame - Divulgação / Instagram / Pompeii - Parco Archeologico

Desta forma, ao entrarem em contato com o material vulcânico, elas teriam ado pelo endurecimento dos músculos que ocorre após a morte (o chamado rigor mortis). Por fim, o vulcanologista italiano Pier Paolo Petrone afirmou ao Daily Dot que "não há como demonstrar qualquer 'homem se masturbando', e está fora de lugar discutir tal afirmação".


4. Engano com as identidades

Um estudo publicado na revista Current Biology, em novembro de 2024, revelou dados surpreendentes sobre as relações familiares entre as vítimas da erupção do Monte Vesúvio; apontando que algumas das interpretações tradicionais sobre os vínculos entre os indivíduos não correspondiam à realidade genética.

Um exemplo disso é de uma pessoa adulta que usava uma pulseira de ouro e segurava uma criança no colo. Em um primeiro momento, os pesquisadores pensaram se tratar de um vínculo mãe e filho, mas análises de DNA revelaram se tratar de "um adulto masculino não relacionado e uma criança", apontou David Reich, coautor do estudo. 

Pompeia
Alguns dos moldes de corpos analisados - Divulgação/Parque Arqueológico de Pompeia

Outro caso intrigante envolveu um casal encontrado abraçado, que foram considerados como irmãs ou mãe e filha, mas descobriu-se que um dos indivíduos era geneticamente masculino.

Essas descobertas desafiam suposições tradicionais sobre gênero e relações familiares", destacou Reich.

5. O destino dos sobreviventes

Cerca de duas mil pessoas — o número até hoje não é preciso — morreram devido à rocha derretida do vulcão, os distritos escaldantes ou até mesmo os gases venenosos que foram expelidos. No entanto, estima-se que, naquela época, vivam entre 15.000 e 20.000 em Pompeia e Herculano. Mas para onde toda essa gente foi? 

Um estudo publicado em 2019 no periódico Analecta Romana, relembrou que por se tratar de um período muito simples no chamado 'mundo antigo', as pessoas não costumavam viajar por grandes distâncias.

Vítimas de Pompeia - Getty Images

Assim, devido à tragédia, grande parte dos refugiados de Pompeia se estabeleceram ao longo da costa sul da Itália, nas comunidades de Cumas, Nápoles, Ostia e Puteoli.

A pesquisa liderada por Steven Tuck também encontrou evidências do reassentamento para algumas mulheres e escravos libertos que viviam em Pompeia. Os registros apontam que muitos refugiados se casaram após se mudarem para novas cidades.