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Sobrevivente do ataque do grupo terrorista Hamas, Rafael Zimerman compartilhou sua vivência em entrevista exclusiva ao Aventuras na História
No dia 8 de outubro de 2023, o clima enérgico do festival Universo Paralello – Supernova foi interrompido quando sirenes de alerta antiaéreo soaram, seguidas de disparos de mísseis e rajadas de tiros.
Criado por Juarez Petrillo, pai do DJ brasileiro Alok, o evento, que acontecia no deserto de Negev, Israel, próximo à comunidade de Re'im, a menos de 20 km da Faixa de Gaza, foi alvo de um ataque surpresa do grupo Hamas, que iniciou sua ofensiva durante a madrugada.
Conforme as autoridades israelenses, pelo menos 260 pessoas foram mortas. Na ocasião, o Itamaraty confirmou que centenas de brasileiros se encontravam na região. Um deles é Rafael Zimerman, que sobreviveu ao ataque terrorista e compartilhou sua vivência em entrevista exclusiva à Aventuras na História.
Ele conta que foi ao evento com um amigo brasileiro, chamado Ranani Glazer, e a namorada dele, Rafaela Treistman, e que nenhum deles “esperava que, do nada, ia começar um atentado terrorista”.
Tudo começou em torno das 6h30 da manhã, eu estava sozinho na frente do palco. E aí, do nada, eu começo a ouvir barulhos de fogo de artifício: pá, pá, pá. Eu olhei para cima, eu vi vários mísseis ando, era uma quantidade incontável de mísseis, era surreal”, diz.
Zimerman explica que a festa foi interrompida e o código vermelho acionado. “Tinha gente correndo, tinha gente filmando, tinha gente chorando, cada um numa reação. Eu saí correndo e eu fui em direção à barraca, onde tinha deixado as coisas”. Lá, ele encontrou Glazer e Rafaela, que sugeriram que eles encontrassem um bunker para “se proteger dos mísseis”.
O brasileiro destaca que devido à proximidade de Gaza, é “comum que tenham bunkers em pontos de ônibus”.
“São ‘casinhas’ de cimento em que não tem porta. É só uma entrada e não é subterrâneo. A gente foi um dos primeiros a entrar. Lá, eu diria que cabia confortável umas 15 pessoas, mas no final tinham 40, contado. Metade fica em pé e metade fica sentado”, relata.
Segundo Zimerman, ele estava encostado na parede quando, de repente, sentiu um tiro atingir suas costas. Pouco depois, outro disparo veio, mas não atravessou a parede, apenas bateu em suas costas. Ele diz que os terroristas lançaram uma granada do lado de fora e, nesse momento, começou a rezar.
“Os terroristas começam a gritar Allahu Akbar, Allahu Akbar, Allahu Akbar, sem parar. Allahu Akbar, para quem não sabe, é Deus é grande em árabe, e se tornou um grito que eles utilizam para celebrar um atentado. Quando eu ouvi isso eu sabia que já era, porque eu entendi que a proteção que a gente tinha morreu. Era um lugar com 40 pessoas e não tinha porta, e você sabia que os terroristas estavam do lado de fora, então era só questão de tempo”, diz.
Confira a entrevista completa no Youtube:
A entrevista foi proporcionada pela StandWithUs Brasil, instituição que trabalha para lembrar e conscientizar sobre o antissemitismo e o Holocausto, de maneira a usar suas lições para gerar reflexões sobre questões atuais.