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Arca de Noé, travessia do Mar Vermelho e mais: estudos recentes podem ajudar a enxergar a Bíblia com outro olhar de seus acontecimentos; saiba mais!
Publicado em 31/05/2025, às 10h00 - Atualizado em 03/06/2025, às 07h14
Um dos livros mais vendidos em toda a história História, a Bíblia é o símbolo escrito do cristianismo, do judaísmo e de diversas outras religiões. O livro Sagrado contém informações sobre a vida de profetas, de Jesus Cristo e mesmo de previsões sobre acontecimentos futuros.
Seus textos religiosos foram compilados por diferentes comunidades, tendo uma profunda influência tanto na cultura e história ocidental quanto em outras culturas ao redor do mundo.
Ao longo dos séculos, estudos sobre o livro também geraram debates e questionamentos sobre as agens relatadas. Confira 5 descobertas recentes que podem 'reescrever a Bíblia'!
A Bíblia narra que quando Moisés subiu a montanha misteriosa, ele se encontrou com Deus cara a cara e desceu carregando uma pedra onde estava gravado os Dez Mandamentos. Mas um longo debate surgiu ao longo do tempo: afinal, a localização do Monte Sinai fica no Egito ou do outro lado da fronteira, na Arábia Saudita?
Ao Daily Mail, o pesquisador bíblico Joel Richardson argumentou que o pico remoto conhecido como Jabal al-Lawz corresponde mais à descrição da Bíblia do que qualquer outro local. Defendendo, assim, a teoria saudita.
Ele aponta que a montanha possui o que é descrito como 'uma estrutura de dois níveis'; isso é, um pico enorme que se ergue atrás de um planalto amplo em formato de tigela. O mesmo padrão é descrito por Moisés (no Livro de Êxodo).
Um fato é que perto do pico de Jabal al-Lawz existe uma rocha rachada que se ergue como um monumento. Richardson associa o lugar à história de Moisés batendo na pedra para fazer brotar água.
O pesquisador também aponta para o leito de um rio seco que corre ao lado da montanha; que seria outro detalhe presenta na Bíblia que forneceria uma evidência de que o pico saudita seria o verdadeiro local. Apesar disso, essa visão é minoritária entre os estudiosos.
O Daily Mail repercute que a maioria dos pesquisadores entende que o Monte Sinai fica na Península do Sinai, no Egito. Visto que a descrição bíblica da jornada dos israelitas pelo deserto se alinha intimamente com a região. Saiba mais clicando aqui!
No leste da Turquia, no alto das montanhas — a apenas 29 quilômetros ao sul do Monte Ararat —, existe uma intrigante formação geológica (a Formação Durupınar) que tem sido apontada por alguns estudiosos como um possível local de descanso da lendária Arca de Noé.
Segundo relata a Bíblia, a embarcação teria salvado Noé, sua família e um casal de cada espécie animal de um dilúvio catastrófico ocorrido há mais de 4.300 anos. Recentemente, novas análises geofísicas no local podem ajudar a sustentar a hipótese de que algo construído pelo homem pode estar enterrado sob o solo turco.
As pesquisas são feitas de modo independente pelo grupo Noah's Ark Scans, liderado por Andrew Jones. Nas investigações mais recentes, o grupo utilizou radar de penetração no solo (GPR) para investigar a estrutura. As imagens revelaram formações angulares e um espaço oco de aproximadamente quatro metros de largura que atravessa o centro da formação — algo que os cientistas acreditam ser um túnel.
A pesquisa também revelou três camadas distintas abaixo da superfície, o que remete à descrição bíblica de três conveses na arca, conforme consta no livro de Gênesis 6:16.
A formação foi descoberta em meados de 1948, por um pastor curdo, que a encontrou após um terremoto, visto que fortes chuvas removerem camadas de lama da região. Desde então, a Formação Durupınar tem dividido opiniões.
Enquanto muitos geólogos sustentam que se trata de uma formação natural, outros especialistas, como os da Noah’s Ark Scans, defendem que as evidências apontam para uma origem artificial. Saiba mais, clicando aqui!
Em outubro de 2024, cientistas israelenses publicaram um estudo oferecendo uma nova perspectiva científica sobre dois dos milagres mais emblemáticos associados a Jesus Cristo, conforme narrado na Bíblia: a pesca milagrosa e a multiplicação dos pães e peixes.
Conforme aponta a Bíblia, no evento da pesca milagrosa, os apóstolos enfrentavam uma frustrante ausência de peixes até que Jesus sugeriu lançar as redes novamente. Como resultado, eles tiveram uma pesca abundante.
A narrativa da multiplicação de pães, por sua vez, discorre que Jesus teria alimentado uma multidão de cinco mil pessoas com apenas cinco pães e dois peixes.
Segundo a pesquisa, publicada na revista Water Resources Research, um fenômeno natural específico do Mar da Galileia pode estar na origem dessas histórias.
A ressurgência, um processo em que águas profundas e pobres em oxigênio sobem à superfície devido a fatores como ventos fortes e ondas internas conhecidas como seiches, poderia explicar a ocorrência de grande mortalidade de peixes nessas águas.
Esse fenômeno reduz o nível de oxigênio dissolvido, resultando na morte massiva de peixes. Embora tais eventos não sejam frequentes no Mar da Galileia, registros indicam que ocorreram duas vezes em 2012.
Notavelmente, hoje em dia, eventos de mortandade de peixes acontecem no mesmo local do lago onde o milagre bíblico dos pães e peixes e presumivelmente a pesca milagrosa ocorreram dois milênios antes do presente", dizem os pesquisadores no estudo.
Essa coincidência poderia elucidar a presença de grandes quantidades de peixes facilmente capturáveis nas proximidades da costa, conforme descrito nas escrituras bíblicas, aponta o estudo.
A história bíblica relata que Moisés, um profeta de Deus, ordenou que as águas mais profundas do Mar Vermelho abrissem caminho para que os israelitas fugissem de um faraó egípcio opressor — cujas tropas logo foram varridas pelas ondas que se aproximavam.
Porém, especialistas do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica apontam que isso não significou, necessariamente, sinais de uma intervenção divina. Afinal, eles apontam que se ventos soprassem na velocidade e ângulo corretos, o canal se abriria — possibilitando a travessia a pé das pessoas; e engolindo qualquer um que ficasse para trás, conforme o vento se afastasse.
A travessia do Mar Vermelho é um fenômeno sobrenatural que incorpora um componente natural — o milagre está no momento certo", aponta o oceanógrafo Carl Drews ao Daily Mail.
Uma discussão importante sobre a agem diz respeito ao local onde teria ocorrido o milagre. Muitos acreditam que a abertura de Moisés do Mar Vermelho ocorreu no Golfo de Aqaba, que separa a Península do Sinai, no Egito, da Arábia Saudita e do sul da Jordânia.
Essa parte do Mar Vermelho, vale ressaltar, é uma das mais profundas (com uma média de 900 metros de profundidade, mas com pontos mais fundos que podem alcançar os 1.850 metros). Por conta do fundo irregular, sua travessia seria praticamente impossível, até mesmo com um milagre divino.
Pesquisas geológicas, por sua vez, apontam que os ventos com força de tempestade não poderiam ajudar as pessoas a atravessar o traiçoeiro Golfo de Aqaba. Assim, arqueólogos levantam hipóteses de locais alternativos o local.
Um dos mais prováveis estaria localizado entre o Egito continental e a península, o Golfo de Suez, que tem apenas 30 metros de profundidade e um fundo relativamente plano, que as marés fortes nessa seção costumam expor.
A travessia do Golfo de Suez não é só possível como já aconteceu. Afinal, em 1789, Napoleão Bonaparte liderou um pequeno grupo de soldados a cavalo que atravessou uma seção do local durante a maré baixa.
Entretanto, a teoria de Suez não pode apoiar a afirmação do Livro do Êxodo de que ventos do leste sopraram para abrir o mar — visto que os cálculos apontam que os ventos teriam que soprar do noroeste.
Em um relatório publicado na PLOS One, em 2010, o oceanógrafo Carl Drews propôs o Lago de Tannis, no Delta do Nilo, como o local mais plausível para o evento bíblico, correspondendo com as traduções da Bíblia Hebraica que aponta que os israelitas cruzaram o 'yam suf' — que, embora traduzido como Mar Vermelho, seria, na verdade, o Mar 'Juncos' (uma referência à planta aquática que cresce nas águas salobras do Delta do Nilo). Saiba mais, clicando aqui!
Publicado em março deste ano, na Biblical Archaeology Society, um estudo arqueológico reacendeu o debate sobre o local onde Jesus teria transformado água em vinho. Ao longo dos séculos, a cidade de Kafr Kanna, ao norte de Nazaré, foi considerada o palco para o milagre narrado no Evangelho de João.
Mas escavações recentes sugerem que tudo pode ter acontecido na vila em ruínas de Khirbet Qana, a cerca de 13 quilômetros a noroeste. As buscas, lideradas pelo arqueólogo Dr. Tom McCollough, do Centre College, revelaram que Khirbet Qana abrigava uma vila judaica ativa entre 323 a.C. e 324 d.C., exatamente no período em que Jesus teria vivido.
Por lá, foram encontrados a presença de uma sinagoga, moedas da revolta macabeia e várias casas de banho, reforçando que o assentamento fora usado por judeus — alinhando com o contexto do milagre bíblico onde Jesus transforma água de jarros usados para purificação cerimonial em vinho.
Os pesquisadores também encontraram um sistema de cavernas subterrâneas, com evidências de que o espaço teria sido usado para culto cristão, datado do século 3 d.C.
Entre os artefatos, destaca-se um altar improvisado com uma tampa de sarcófago invertida, sobre o qual repousavam dois grandes vasos de pedra. Segundo os estudiosos, os primeiros cristãos acreditavam que esses poderiam ser os mesmos recipientes usados por Jesus no milagre.
Grafites cristãos com inscrições como “Kyrie Iesou” (“Senhor Jesus”) e representações de cruzes reforçam a importância religiosa do local desde os primeiros séculos do cristianismo.
Tudo isso sugere que Khirbet Qana foi identificado como a Caná do Novo Testamento desde muito cedo”, afirmou McCollough.
Embora Kafr Kanna continue sendo o destino de milhares de peregrinos e abrigue a tradicional “Igreja do Casamento”, especialistas como o Dr. James Tabor, da Universidade Hebraica de Jerusalém, argumentam que essa identificação pode ter mais a ver com conveniência geográfica do que com evidência histórica.
Para os estudiosos envolvidos nas escavações, a combinação de evidências arqueológicas judaicas e cristãs em Khirbet Qana torna o sítio um forte candidato à verdadeira Caná da Galileia — local de um dos momentos fundadores da fé cristã. Saiba mais, clicando aqui!